Mato Grosso
Acusado de se passar por policial comprou uniforme na internet e usava fotos para conquistar mulheres
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No início do seu depoimento, Airton revela que comprou tudo pela internet, através do Mercado Livre. Na ocasião, não foi exigido dele nenhum documento que comprovasse o vínculo com a Polícia Civil: “Só fiz o pedido e paguei via boleto”. O distintivo que ele carregava também foi adquirido da mesma forma.
O rapaz ainda conta que desde o início do ano se matriculou em um cursinho e por isso efetuou a compra dos uniformes. Porém, explica que só o utiliza dentro da sua casa. Ele tirava as fotos para encaminhar para mulheres – possíveis pretendentes – e jura não ter saído às ruas caracterizado.
Sobre as supostas armas de fogo que apareciam nas fotos, o rapaz explicou que a espingarda seria de pressão e que a pistola seria de um amigo policial militar, que ele não iria falar o nome. Já o distintivo, Airton Alex afirma ter jogado fora.
Questionado pelo delegado sobre ter se passado por policial para intimidar e extorquir pessoas, o jovem nega e volta a afirmar que nunca saiu uniformizado de casa. Airton acrescenta que só comprou os itens porque sonha em entrar para a instituição, já que seu pai foi assassinado e o crime até hoje não foi solucionado.
Devido aos fatos ocorridos, o acusado afirma que teme pela sua vida e de seus familiares.
O caso
O delegado Diego Martimiano, da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), cumpriu na manhã do dia 03 de agosto uma ordem de busca e apreensão na casa de Airton Alex Nunes, que, em posse de uniformes e armamentos, se passava por policial civil nas redes sociais. O suspeito, no entanto, não estava na residência.
A Derf também apura se Airton estaria envolvido no caso do jovem que foi perseguido e baleado por um suposto grupo de policiais civis na avenida Fernando Corrêa durante a madrugada do mesmo dia. Ele possui passagens por ameaça, lesão corporal e dano.